MC’Sapé e Dub do Sapé

O X-Tudo é a grande atração da lanchonete Mc’Sapé, localizada na favela do Sapé, na Zona Oeste de São Paulo. O lanche vem em um pão com gergelim macio, com ovo frito de gema mole que causa explosões na boca, bacon crocante, hambúrguer suculento, presunto, queijo e salada fresca. Um clássico, mas melhor, porque custa apenas R$ 11.

A lanchonete é administrada por uma família que mora na região e funciona há mais de dez anos dentro de uma garagem. Durante a noite são colocadas mesas na calçada para os clientes ficarem confortáveis, criando um ambiente agradável – especialmente se o clima colaborar.

Para os amantes de doce, merecem destaque os bolos de pote caseiros. O mais pedido é de chocolate com morango. A massa molhadinha é acompanhada de brigadeiro e frutas. No verão (ou inverno, para os mais ousados), é possível pedir sorvete de acompanhamento.

“Frequentamos a lanchonete há muitos anos. Costumamos ir antes da Dub para dar energia pro rolê, mas também vamos em outros dias com a família toda. A rua da lanchonete é bem tranquila, então meus sobrinhos e filha mais nova sempre ficam brincando enquanto dividimos as porções – que são bem grandes”, comenta Daniela da Silva, de 38 anos.

A Dub que ela menciona acontece a poucos passos da lanchonete, em uma praça em frente à Escola Brasil Japão. É um evento com grandes caixas de som, onde as pessoas se reúnem para dançar remixes de músicas jamaicanas. Por ser organizado por jovens e acontecer no fim da tarde, o evento é visto como um rolê juvenil, mas Daniela discorda. Para ela, é um espaço onde a família toda pode ir. “Quem quer dançar costuma ficar perto das caixas de som, mas tem os bancos e mesas da praça onde as pessoas ficam conversando também. E dá para levar até crianças, que ficam brincando na rampa de esqueite e na quadra de futebol”, conta.

Daniela faz questão de levar a filha, Ana Caroline, de 18 anos. “A Dub me lembra muito a minha juventude. Eu gosto de ir com a Carol para mostrar outras culturas para ela. Além de passarmos esse tempo juntas, consigo contar como era aquela época por meio das músicas.”

DUB DO SAPÉ: Praça Brasil Japão – Sapé (https://www.facebook.com/OESTEMUSicSS/) – Evento Gratuito.

Publicado em novembro/2019. Estamos trabalhando para atualizar as informações do local 🙂

Restaurante e Lanchonete Amizade

Atualização em junho/2020: Este lugar está fechado temporariamente devido à pandemia de COVID-19.

O Restaurante e Lanchonete Amizade é um espaço destinado aos amantes de feijoada e samba. O local, próximo ao Rio Pequeno, na Zona Oeste da cidade, tem decoração que remete à cultura do agreste. Como prato principal, todos os sábados, serve a versão nordestina da feijoada.

Para acompanhar, há sempre uma roda de samba ao vivo, composta por cinco músicos que variam entre o samba-canção, com ritmos lentos e letras românticas, e o pagode moderno, com uma agitada percussão.

Cristina Augusto, 52 anos, dona do lugar, afirma que a ideia de abrir o negócio vem da vontade de unir as famílias da comunidade, de oferecer um espaço a onde as pessoas possam ir e ouvir boa música, juntas. “Cada vez menos você encontra lugares para sair para comer, se sentar ou levar as crianças. Por isso, junto com meu irmão e com a ideia de manter a tradição de feijoada com roda de samba que acontecia aos sábados na nossa casa, criamos o restaurante. A feijoada é uma receita caseira de família e por isso se torna única. Tem esse nome para ser um lugar de fazer e aprofundar amizades”, diz.

A famosa Feijoada da Amizade tem diversos cortes de carne, costelinha e pé servidos com um suculento feijão-preto e acompanhados de toucinho, arroz e couve. Dá para até três pessoas e sai por R$ 37.

Patrícia Alves, 28 anos, mora em Taipas, Zona Noroeste da cidade, e se desloca todos os sábados com seu companheiro para comer o prato, o que para ela é uma viagem no tempo até a comida de sua avó e às origens de sua família pernambucana. “A comida aqui é bem temperadinha e caseira, mas a feijoada é de longe o melhor prato da casa e a melhor que já comi. O ambiente é bem acolhedor”, conta.

“Você vem aqui uma vez e gosta da comida e das pessoas; na segunda, já se sente em casa. Eu sempre procuro trazer meus filhos, pois é um espaço onde sinto que eles querem estar comigo e fico perto deles”, afirma Walter Ferreira, quarenta anos.

Durante os outros dias da semana, os clientes podem escolher a música que querem ouvir em um jukebox – uma máquina de música em estilo antigo –, que pisca luzes coloridas e toca desde um pagodinho até um rock mais pesado. O restaurante também agrada jovens e fãs de fast food, com lanches e porções de batatas e mandiocas fritas.

Espaço Clariô de Teatro

Atualização em junho/2020: Este lugar está fechado temporariamente devido à pandemia de COVID-19.

O Grupo Clariô de Teatro, localizado em Taboão da Serra, cria sob a perspectiva da periferia para a periferia. Descentralizando as produções culturais, a programação do galpão tem encontros para todas as idades, como atividades de teatro, música, shows, literatura, dança e oficinas. 

 É um lugar frequentado por famílias da quebrada de Taboão, a galera da Zona Sul de São Paulo, artistas, crianças e quem gosta de teatro, já que o grupo foi premiado diversas vezes por suas montagens. O Clariô é referência na região e conta com parcerias de variados movimentos das quebradas, que realizam temporadas no galpão.

Uma das parcerias do grupo é com Elisabete Belo dos Santos, de cinquenta anos, diarista, cozinheira e vizinha do Espaço Clariô. É ela quem proporciona comidas e lanches deliciosos com valores camaradas que podem ser ótimos acompanhamentos para as vivências nos eventos do teatro. Ela prepara lanches que abrem o apetite, como o pão com carne maluca (pão francês com carne de panela), em um molho encorpado produzido durante o cozimento da carne, que é vendido por R$ 5. 

 A família da Bete é vizinha do Clariô desde a fundação do grupo. Seus filhos sempre frequentam as atividades no galpão. Convidada pelo grupo, Bete começou a preparar os lanches em casa para vender nos eventos do teatro. Ela monta o cardápio com variedades de doces, caldos, lanches, tortas e a carne maluca. O caldo verde é o coringa do cardápio, porque pode ser vegetariano ou com pedaços de linguiça. A escolha é do freguês.

  Toda última quinta-feira do mês, às 20h, acontece o QuintaSoito, evento promovido pelo Grupo. Os encontros são abertos ao público. Pra quem chega, sempre tem uma sopa, de graça, feita pelos próprios integrantes do Clariô. O sabor é sempre uma surpresa deliciosa. Cada pessoa que se dispõe a cozinhar faz sua receita. 

 Nas segundas segundas-feiras de todo mês, a atividade acolhida pelo Clariô é o Sarau do Binho, um dos pioneiros dos saraus nas periferias. “No Sarau do Binho, você vai ter poesia, música, apresentação de vídeo, de cinema. Acaba sendo um grande encontro de amigos; mesmo que você não conheça ninguém, as pessoas vão te cumprimentar, vão fazer que você, de certa forma, sinta-se parte do sarau”, conta Sheila Signario, 33, fotógrafa e moradora da região. 

 Para quem vai de São Paulo visitar o espaço taboanense, basta pegar um ônibus que siga pela Estrada do Campo Limpo, descer no ponto do Largo do Taboão e seguir até a Rua Santa Luzia, 96.

Restaurante Lu e Boy

Lu e Boy reformaram os cômodos da própria casa para receber, semanalmente, moradores da Vila Aurora, na Zona Noroeste, para o famoso espetinho de churrasco. O restaurante de Lúcia Helena da Silva, 52 anos, e de seu companheiro, Elson Martins, 44 anos, ferve aos fins de semana. E a casa, que conta com três cômodos, se adapta para receber a clientela.

Na garagem, uma mesa de sinuca convida grupos maiores a se reunirem para comer, jogar e ouvir música. Na sala, um espaço para quem prefere um encontro mais reservado. Já a área superior da casa se transforma em um point para quem quer paquerar ou não está a fim de burburinho.

Boy cuida dos espetinhos de churrasco e Lu, dos acompanhamentos. Os espetos são assados no ponto que o freguês desejar. A carne é macia, suculenta e bem-temperada. Além de carne bovina, o local serve espetinhos de asinhas e coxas de frango, lombo assado e linguiça. Para vegetarianos, há a opção de espetinhos de queijo.

Lu conta que a sua maior preocupação é fazer pratos com preços acessíveis e de qualidade. Por isso, todas as refeições custam até R$ 12,99. Os espetos são acompanhados por uma porção de arroz, feijão-carioca, farofa com pedaços de linguiça e bacon e uma deliciosa maionese caseira feita pela própria Lu

Se espetinho não for a sua praia, o restaurante também oferece pastéis e pizzas (médias e grandes) − feitas por Boy. Se não quiser comer no estabelecimento, o restaurante vende marmitex. Elas podem ser entregues em casa ou retiradas no local.

Agência Solano Trindade

Atualização em junho/2020: Este lugar está fechado temporariamente devido à pandemia de COVID-19.

Funciona na Agência Solano Trindade o primeiro armazém de alimentos orgânicos da quebrada de São Paulo. Foi criado em 2017 pela própria galera da Agência, a partir do entendimento da existência de desertos alimentares na cidade, que faz com que as pessoas andem muito para encontrar produtos in natura.

No espaço é realizada a Feira Organicamente, às quintas e sextas-feiras, das 8h às 17h, e aos sábados, das 8h às 12h (acompanhe as redes sociais para a confirmação da feira na semana). É possível saber a origem do que você irá comer pela proximidade com quem cultiva. Os alimentos orgânicos são fornecidos por produtores locais de São Lourenço, Parelheiros e Embu das Artes. Há como reservar uma cesta de alimentos que pode ser entregue por toda a Zona Sul. Tudo fresco. 

Na maior parte dos eventos que acontecem na Agência, quem prepara a comida é Cleonice Maria de Paula, 55, a tia Nice. O destaque é o Pastel de PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais). Entre outras opções, tem o pastel de capuchinha com alho-poró, de berinjela e de coração da banana com almeirão. Os valores variam entre R$ 5 e R$ 8. Vera Lucia Pires, 69, aposentada, mora na mesma rua da Agência Solano Trindade. “Comi um pastel PANC (nunca havia experimentado) e gostei. Em outra ocasião, comi um ravióli – se não me engano de ricota com espinafre, ao molho sugo – divino”, conta.

Além do pastel, tia Nice prepara refeições como o nhoque de mandioca artesanal, que fica entre R$ 20 e R$ 30. Tudo é feito com alimentos sem veneno, de produtores locais ou da própria horta da Agência.

Quem quiser provar a comida da tia Nice pode colar na Agência Solano Trindade, na Vila Pirajussara, ou entrar em contato por meio das redes. A casa fica próxima do Terminal Campo Limpo: basta atravessar a rua do terminal, passar pela praça que dá acesso à rua Batista Crespo e ir até o número 105. 

É uma ótima opção para quem escolhe uma alimentação mais saudável para a família toda. “Enquanto em muitos lugares determinados agrotóxicos são proibidos, aqui no Brasil é tudo liberado. Então, a gente de fato não sabe o que está ingerindo”, reflete Roseli Ezzy, 42 anos, professora de inglês e moradora do Jardim Umarizal. “E eu tenho filho pequeno. Acho que para uma criança em desenvolvimento é ainda pior consumir essa quantidade grande de veneno. Quando você começa a consumir o produto orgânico, você consegue sentir a diferença no sabor”, conta ela. 

“Você vai para os polos mais centrais da gastronomia e é caríssimo ter acesso a uma capuchinha, ora-pro-nóbis, a um peixinho”, conta Alex Barcelos, 39 anos, articulador e produtor cultural da Agência Solano Trindade, ao se referir às PANCs. “Essa riqueza temos aqui. A tia Nice, minha mãe e outras mulheres periféricas têm esse resgate do histórico da cultura alimentar. São coisas que eram tradicionais dentro da periferia. Antigamente, as nossas senhoras, nossas griots, sempre tiveram taioba e outras plantinhas no seu quintal”, explica.

Panelarte e Sarau Urutu

Atualização em junho/2020: Este lugar está fechado temporariamente devido à pandemia de COVID-19.

Lanche de casca de banana, quibe vegano de farinha de pão amanhecido e coxinha de jaca. É com esse tipo de comida – usando e reaproveitando alimentos – que o Panelarte, um coletivo cultural criado em 2014, entende e respira a gastronomia nas quebradas. As amigas Bianca Souza e Rafaela Souza, ambas com 28 anos, fundadoras do projeto, acreditam que a comida é uma forma de olhar para a cultura de uma comunidade.

“O Panelarte trabalha com opções para todos os gostos e bolsos. Não se trata apenas de comida. É uma rede de apoio para quem busca uma alimentação diferente, seja carnívora, vegana ou vegetariana”, diz Bia. O projeto faz oficinas na Zona Leste de São Paulo para apresentar às pessoas como a alimentação do dia a dia pode ser saudável e sustentável.

Quer experimentar o que elas produzem? Tem que correr atrás da agenda no Facebook (Panelarte). As comidinhas do coletivo estão presentes em saraus e encontros culturais da região. Nos eventos, são vendidas diferentes opções de salgados e doces veganos. Entre os mais vendidos estão a torta de abobrinha, o lanchinho de casca de banana e os quibes, feitos de trigo, farinha de rosca ou pão, hortelã, limão e pimenta-do-reino. O recheio é escolhido pelos clientes: berinjela, alho-poró e abóbora são os mais populares. O coletivo também tem opções para quem não tem restrições à carne. O canudo de frango é um dos mais pedidos.

Entre os eventos parceiros do Panelarte está o Sarau Urutu, um encontro de artistas e moradores que acontece todo segundo domingo do mês na rua Urutu, no Jardim Matarazzo, Zona Leste. O evento surgiu em 2015 como resposta à notícia de desapropriação de um terreno para a construção de uma nova estação de trem da CPTM. Além de poesia, o sarau também recebe grupos de teatro e dança. A programação ainda conta com o Cine Urutu, onde são exibidos filmes e documentários.

Páginas do Sarau Urutu: Facebook | Instagram

 

Ponto da Esfiha e Ocupação Cultural Mateus Santos

Já imaginou levar sua família a um restaurante ao lado de uma casa de cultura e acompanhar as atividades ao mesmo tempo em que mata a fome com salgados e pratos executivos bem-temperados? Em Ermelino Matarazzo, na Zona Leste de São Paulo, é possível fazer isso.

O Ponto da Esfiha, na avenida Paranaguá, oferece categorias de alimentação variadas. São esfihas, coxinhas, quibes, lanches, pizzas e pratos executivos que atraem o público da única casa de cultura de Ermelino Matarazzo, a Ocupação Cultural Mateus Santos. O espaço conta com mais de quarenta coletivos artísticos que utilizam um prédio municipal abandonado para promover várias atividades e eventos culturais.

Para Sílvia Izidoro, frequentadora da Ocupação Cultural Mateus Santos, o Ponto da Esfiha é o restaurante que possui o preço mais em conta na região. Dá para passar o dia inteiro na casa de cultura sem ficar com fome. O horário de funcionamento do Ponto é das 8h às 0h. “Você pode se alimentar ao mesmo tempo em que acompanha os eventos da Ocupa”, diz Sílvia, que é mãe de Glaucy Ellen, 17 anos, produtora dos saraus na Ocupação.

O prato executivo é a opção predileta das duas. “A comida de lá é leve e gostosa”, comenta Sílvia. A base da refeição é sempre composta de arroz, feijão, salada e batatas fritas. O arroz forma uma montanha no prato e seus grãos e os do feijão são bem soltinhos e cozidos. As batatas fritas são macias por dentro e com uma deliciosa casquinha por fora, o que as torna bem crocantes. O que varia sãos as opções de carne. Tem filé e contrafilé à pamegiana, frango à parmegiana, hambúrguer, ovo frito e calabresa acebolada. Os pratos custam de R$ 12 a R$ 17, dependendo do tipo de carne escolhida.

Sílvia conta que o programa cultural fortalece a união da família. “Às vezes acontece de estar nora, filha, filho, quase todo mundo lá na Ocupa só para acompanhar um evento”, acrescenta. “Quando você está acompanhada de uma filha em um evento, passa a conhecer a causa pela qual ela luta e se aproximar dela”. A Ocupação Cultural Mateus Santos fica próxima à estação de trem Ermelino Matarazzo.

Ocupação Cultural Mateus Santos: Avenida Paranaguá, 1.633, Jardim Belém (https://www.facebook.com/ocupacaomateussantos/) – Gratuito.

Publicado em novembro/2019. Estamos trabalhando para atualizar as informações do local 🙂

Sushi Jaraguá

Está à procura de um lugar para levar o(a) crush na Zona Noroeste de São Paulo? Vá ao Sushi Jaraguá. Está à procura de um lugar para sair com toda a família, inclusive com as crianças, com conforto e segurança para os pequenos e também para os adultos? Vá ao Sushi Jaraguá. Agora, se você só quer curtir o aniversário com os amigos e ouvir música ao vivo… vá ao Sushi Jaraguá. Mas se quiser apenas degustar comidas japonesa e chinesa deliciosas… bom, você já sabe aonde ir.

O Sushi Jaraguá é um restaurante e delivery inaugurado em 2018 que já atrai muitas famílias e amigos dessa região de São Paulo. O ambiente recebe, aos fins de semana, artistas que performam ao vivo. O estilo é variado: de MPB a sertanejo. Priscilla Fernandes Nunes, de 36 anos, uma das clientes que vai com a família e amigos, diz que a música deixa o ambiente animado. “Não é só um lugar para comer. É um lugar muito agradável, um lugar para confraternizar”, comenta.

O restaurante tem uma enorme variedade de pratos. Quem chega recebe para petiscar uma cortesia que mistura as culinárias japonesa e mexicana. Um nacho – biscoito feito de farinha de milho e água – com uma peça de salmão (cru ou grelhado), cream cheese, molho tarê e, para fechar, batata palha. Uma combinação inusitada, porém muito saborosa e ótima para abrir o apetite.

Um dos pratos mais pedidos é o Combinado Jaraguá, uma barca com cinco sashimis, dois niguiris, dois uramakis, dois sushis jhow, quatro hossomakis, dois hot rolls e um temaki de salmão (cru ou grelhado). Tudo muito fresco e acompanhado dos molhos tarê e shoyu.

Além do menu à la carte, o restaurante oferece rodízio de segunda a domingo. O rodízio é mais caro, então vale a pena levar a turma toda para poder aproveitar ao máximo. Com inúmeras opções de pratos, é para comer até dizer chega!

AlibaBar

Em 2001, a novela O Clone, de Glória Perez, popularizou no Brasil a temática árabe. A história do amor impossível entre a muçulmana Jade e o brasileiro Lucas levou para o horário nobre as roupas, as músicas e o modo de vida típico do mundo árabe.

Descendente de libaneses, Bil Rajab resolveu pegar carona no sucesso da novela. Ele abriu em 2002 a primeira casa noturna com a temática árabe, a Aliba Bar. Deu certo: com foco no entretenimento com danças típicas, a casa se manteve por dez anos. Acabou fechando em 2012, por conta das mudanças provocadas pela Lei Seca.

Em março de 2016, o Aliba Bar voltou à ativa. Desta vez, no entanto, repaginado: transformou-se em um restaurante, também na zona Norte, que mantém a temática com paredes desenhadas, tecidos no teto, narguilés e cores vibrantes. Às sextas e aos sábados, ocorrem apresentações de dança de ventre.

Para comer, há opções bem brasileiras como bobó de camarão e também adaptações como a feijoada com carne de carneiro, mas o destaque mesmo são os pratos típicos. O cardápio foi elaborado pela mãe de Bil, libanesa também
encarregada de ensinar pessoalmente todas as receitas aos funcionários. Aos sábados, o cardápio é 100% árabe.

O shawarma (R$ 15), um sanduíche de carne envolta em um pão sírio, é enorme e pode ser dividido. Ele agrada até mesmo os paladares mais exigentes, com temperos árabes. No buffet há arroz com lentilha, charutos, kafta e outros pratos típicos. Cada 100g custa R$ 4,49. As esfihas saem por R$ 4,50 cada.

Comida di Rei

Da janela da cozinha, que dá para o salão do restaurante, o cozinheiro Rodrigo Silva observa a primeira garfada que os clientes dão em sua feijoada. Ele gosta de ver a reação das pessoas ao provar a especialidade da casa. Quando
não observa pela janelinha, faz questão de ir às mesas para saber a opinião de quem comeu. O cuidado de Rodrigo com a satisfação dos clientes começa na escolha dos ingredientes. São sempre frescos – e nenhum tempero é industrializado. Alho, salsinha, coentro, três dias para marinar as carnes da feijoada, cebola flambada na cachaça e vinho para refogar. “Eu não cozinho por obrigação, o meu segredo é fazer tudo com amor!”, fala Rodrigo orgulhoso e com sorriso no rosto.

Rodrigo é irmão de Reinilson Silva, o Rei, que dá nome ao restaurante dos dois irmãos apaixonados por comida. Até se casar, Reinilson não sabia cozinhar. E quando morava na casa da mãe, recebia a comida já no prato. Começou a cozinhar para desestressar. Foi pegando gosto e construiu uma cozinha só para si na parte de trás da sua casa. Com bastante alho e cebola, o negócio começou em 2014, com a venda de marmitas. “Como conheço muita gente e sempre
quis trabalhar com pessoas, comecei logo a cozinhar para os outros e pensei: vou tirar proveito disso”, lembra sorrindo. As marmitas que fazia depois do trabalho de bancário eram entregues, aos finais de semana, no Horto do Ypê, um conjunto de condomínios no Campo Limpo. Depois de dois anos no negócio de delivery, o Rei fez uma proposta para alugar uma lanchonete ali perto do Horto, onde também mora. Conseguiu o ponto, fez uma baita reforma (de maio a setembro), conversou com o irmão e decidiram abrir o próprio negócio.

Hoje, o Comida Di Rei serve cerca de 60 refeições por dia. E são 190 marmitas por semana sendo 150 só de feijoada aos sábados. Elas seguem personalizadas com o nome de quem vai comer escrito na tampa. Rodrigo se dedica à cozinha durante a semana e, aos sábados e domingos, é a vez de Reinilson fazer o que tanto ama.

O cardápio é como o de qualquer restaurante paulistano, com feijoada às quartas e sábados. Mas a dedicação da dupla é o diferencial. “Criei aqui um lugarzinho aconchegante como se fosse a Vila Madalena. Mas quero mesmo é ter um Comida di Rei em toda a periferia da cidade”, afirma orgulhoso.

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