Aqui você pode experimentar comidas com ingredientes frescos sem veneno.
Texto e fotos por: Thamires Melo
- Comida nordestina
- Lanche
- Orgânicos
- Panc's (Plantas Alimentícias Não Convencionais)
- Rolê Cultural
- Vegetariano
- Opção Vegana
- Opção Vegetariana
- Wi-Fi
Atualização em junho/2020: Este lugar está fechado temporariamente devido à pandemia de COVID-19.
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Funciona na Agência Solano Trindade o primeiro armazém de alimentos orgânicos da quebrada de São Paulo. Foi criado em 2017 pela própria galera da Agência, a partir do entendimento da existência de desertos alimentares na cidade, que faz com que as pessoas andem muito para encontrar produtos in natura.
No espaço é realizada a Feira Organicamente, às quintas e sextas-feiras, das 8h às 17h, e aos sábados, das 8h às 12h (acompanhe as redes sociais para a confirmação da feira na semana). É possível saber a origem do que você irá comer pela proximidade com quem cultiva. Os alimentos orgânicos são fornecidos por produtores locais de São Lourenço, Parelheiros e Embu das Artes. Há como reservar uma cesta de alimentos que pode ser entregue por toda a Zona Sul. Tudo fresco.
Na maior parte dos eventos que acontecem na Agência, quem prepara a comida é Cleonice Maria de Paula, 55, a tia Nice. O destaque é o Pastel de PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais). Entre outras opções, tem o pastel de capuchinha com alho-poró, de berinjela e de coração da banana com almeirão. Os valores variam entre R$ 5 e R$ 8. Vera Lucia Pires, 69, aposentada, mora na mesma rua da Agência Solano Trindade. “Comi um pastel PANC (nunca havia experimentado) e gostei. Em outra ocasião, comi um ravióli – se não me engano de ricota com espinafre, ao molho sugo – divino”, conta.
Além do pastel, tia Nice prepara refeições como o nhoque de mandioca artesanal, que fica entre R$ 20 e R$ 30. Tudo é feito com alimentos sem veneno, de produtores locais ou da própria horta da Agência.
Quem quiser provar a comida da tia Nice pode colar na Agência Solano Trindade, na Vila Pirajussara, ou entrar em contato por meio das redes. A casa fica próxima do Terminal Campo Limpo: basta atravessar a rua do terminal, passar pela praça que dá acesso à rua Batista Crespo e ir até o número 105.
É uma ótima opção para quem escolhe uma alimentação mais saudável para a família toda. “Enquanto em muitos lugares determinados agrotóxicos são proibidos, aqui no Brasil é tudo liberado. Então, a gente de fato não sabe o que está ingerindo”, reflete Roseli Ezzy, 42 anos, professora de inglês e moradora do Jardim Umarizal. “E eu tenho filho pequeno. Acho que para uma criança em desenvolvimento é ainda pior consumir essa quantidade grande de veneno. Quando você começa a consumir o produto orgânico, você consegue sentir a diferença no sabor”, conta ela.
“Você vai para os polos mais centrais da gastronomia e é caríssimo ter acesso a uma capuchinha, ora-pro-nóbis, a um peixinho”, conta Alex Barcelos, 39 anos, articulador e produtor cultural da Agência Solano Trindade, ao se referir às PANCs. “Essa riqueza temos aqui. A tia Nice, minha mãe e outras mulheres periféricas têm esse resgate do histórico da cultura alimentar. São coisas que eram tradicionais dentro da periferia. Antigamente, as nossas senhoras, nossas griots, sempre tiveram taioba e outras plantinhas no seu quintal”, explica.
Preço Médio
De R$ 8,00 a 30,00