Restaurante Lu e Boy

Lu e Boy reformaram os cômodos da própria casa para receber, semanalmente, moradores da Vila Aurora, na Zona Noroeste, para o famoso espetinho de churrasco. O restaurante de Lúcia Helena da Silva, 52 anos, e de seu companheiro, Elson Martins, 44 anos, ferve aos fins de semana. E a casa, que conta com três cômodos, se adapta para receber a clientela.

Na garagem, uma mesa de sinuca convida grupos maiores a se reunirem para comer, jogar e ouvir música. Na sala, um espaço para quem prefere um encontro mais reservado. Já a área superior da casa se transforma em um point para quem quer paquerar ou não está a fim de burburinho.

Boy cuida dos espetinhos de churrasco e Lu, dos acompanhamentos. Os espetos são assados no ponto que o freguês desejar. A carne é macia, suculenta e bem-temperada. Além de carne bovina, o local serve espetinhos de asinhas e coxas de frango, lombo assado e linguiça. Para vegetarianos, há a opção de espetinhos de queijo.

Lu conta que a sua maior preocupação é fazer pratos com preços acessíveis e de qualidade. Por isso, todas as refeições custam até R$ 12,99. Os espetos são acompanhados por uma porção de arroz, feijão-carioca, farofa com pedaços de linguiça e bacon e uma deliciosa maionese caseira feita pela própria Lu

Se espetinho não for a sua praia, o restaurante também oferece pastéis e pizzas (médias e grandes) − feitas por Boy. Se não quiser comer no estabelecimento, o restaurante vende marmitex. Elas podem ser entregues em casa ou retiradas no local.

Agência Solano Trindade

Atualização em junho/2020: Este lugar está fechado temporariamente devido à pandemia de COVID-19.

Funciona na Agência Solano Trindade o primeiro armazém de alimentos orgânicos da quebrada de São Paulo. Foi criado em 2017 pela própria galera da Agência, a partir do entendimento da existência de desertos alimentares na cidade, que faz com que as pessoas andem muito para encontrar produtos in natura.

No espaço é realizada a Feira Organicamente, às quintas e sextas-feiras, das 8h às 17h, e aos sábados, das 8h às 12h (acompanhe as redes sociais para a confirmação da feira na semana). É possível saber a origem do que você irá comer pela proximidade com quem cultiva. Os alimentos orgânicos são fornecidos por produtores locais de São Lourenço, Parelheiros e Embu das Artes. Há como reservar uma cesta de alimentos que pode ser entregue por toda a Zona Sul. Tudo fresco. 

Na maior parte dos eventos que acontecem na Agência, quem prepara a comida é Cleonice Maria de Paula, 55, a tia Nice. O destaque é o Pastel de PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais). Entre outras opções, tem o pastel de capuchinha com alho-poró, de berinjela e de coração da banana com almeirão. Os valores variam entre R$ 5 e R$ 8. Vera Lucia Pires, 69, aposentada, mora na mesma rua da Agência Solano Trindade. “Comi um pastel PANC (nunca havia experimentado) e gostei. Em outra ocasião, comi um ravióli – se não me engano de ricota com espinafre, ao molho sugo – divino”, conta.

Além do pastel, tia Nice prepara refeições como o nhoque de mandioca artesanal, que fica entre R$ 20 e R$ 30. Tudo é feito com alimentos sem veneno, de produtores locais ou da própria horta da Agência.

Quem quiser provar a comida da tia Nice pode colar na Agência Solano Trindade, na Vila Pirajussara, ou entrar em contato por meio das redes. A casa fica próxima do Terminal Campo Limpo: basta atravessar a rua do terminal, passar pela praça que dá acesso à rua Batista Crespo e ir até o número 105. 

É uma ótima opção para quem escolhe uma alimentação mais saudável para a família toda. “Enquanto em muitos lugares determinados agrotóxicos são proibidos, aqui no Brasil é tudo liberado. Então, a gente de fato não sabe o que está ingerindo”, reflete Roseli Ezzy, 42 anos, professora de inglês e moradora do Jardim Umarizal. “E eu tenho filho pequeno. Acho que para uma criança em desenvolvimento é ainda pior consumir essa quantidade grande de veneno. Quando você começa a consumir o produto orgânico, você consegue sentir a diferença no sabor”, conta ela. 

“Você vai para os polos mais centrais da gastronomia e é caríssimo ter acesso a uma capuchinha, ora-pro-nóbis, a um peixinho”, conta Alex Barcelos, 39 anos, articulador e produtor cultural da Agência Solano Trindade, ao se referir às PANCs. “Essa riqueza temos aqui. A tia Nice, minha mãe e outras mulheres periféricas têm esse resgate do histórico da cultura alimentar. São coisas que eram tradicionais dentro da periferia. Antigamente, as nossas senhoras, nossas griots, sempre tiveram taioba e outras plantinhas no seu quintal”, explica.

Pastel da Jani e Batalha da Rubi

A barraca de pastel da Jani já virou rota garantida aos que frequentam a movimentada Batalha da Rubi, evento de MC’s e poetas que se reúnem às quintas-feiras, em frente à estação Vila Aurora, na Linha 7-Rubi, da CPTM, Zona Noroeste de São Paulo.

Alagoana, Jani Cleide, 39 anos, está há vinte anos na cidade e mora em Pirituba, na Zona Norte. O negócio existe há um ano e teve a clientela multiplicada após o vínculo com os jovens MC’s.

“É gratificante saber que sempre que eles saem da batalha, passam e ficam aqui comendo pastel. Nunca tivemos
uma relação de clientela, sempre fomos amigos”, diz Jani, com um sorriso permanente no rosto.

Frequentador assíduo da competição, João Vitor, 23 anos, mais conhecido como Jay Luckee, morador do Jaraguá, conta que a Barraca da Jani é onde a batalha realmente termina. O evento acontece às quintas-feiras, entre 20h30 e 22h30, em frente às saídas da estação. “Fizemos até um cartão fidelidade. Ela sempre dá pastel pro campeão da batalha”, conta. Comendo os pastéis é que eles comentam sobre cada edição e sobre as melhores e piores rimas, assim como inquietações e angústias da vida.

De forma geral, o público da barraca é sempre muito diversificado. Os pastéis custam R$ 6 e medem cerca de 25 centímetros. São feitos, como Jani diz “sem miséria e sem espaço para o vento”. Uma das inovações da barraca é o pastel de lasanha, que deixa a boca salivando.

Panelarte e Sarau Urutu

Atualização em junho/2020: Este lugar está fechado temporariamente devido à pandemia de COVID-19.

Lanche de casca de banana, quibe vegano de farinha de pão amanhecido e coxinha de jaca. É com esse tipo de comida – usando e reaproveitando alimentos – que o Panelarte, um coletivo cultural criado em 2014, entende e respira a gastronomia nas quebradas. As amigas Bianca Souza e Rafaela Souza, ambas com 28 anos, fundadoras do projeto, acreditam que a comida é uma forma de olhar para a cultura de uma comunidade.

“O Panelarte trabalha com opções para todos os gostos e bolsos. Não se trata apenas de comida. É uma rede de apoio para quem busca uma alimentação diferente, seja carnívora, vegana ou vegetariana”, diz Bia. O projeto faz oficinas na Zona Leste de São Paulo para apresentar às pessoas como a alimentação do dia a dia pode ser saudável e sustentável.

Quer experimentar o que elas produzem? Tem que correr atrás da agenda no Facebook (Panelarte). As comidinhas do coletivo estão presentes em saraus e encontros culturais da região. Nos eventos, são vendidas diferentes opções de salgados e doces veganos. Entre os mais vendidos estão a torta de abobrinha, o lanchinho de casca de banana e os quibes, feitos de trigo, farinha de rosca ou pão, hortelã, limão e pimenta-do-reino. O recheio é escolhido pelos clientes: berinjela, alho-poró e abóbora são os mais populares. O coletivo também tem opções para quem não tem restrições à carne. O canudo de frango é um dos mais pedidos.

Entre os eventos parceiros do Panelarte está o Sarau Urutu, um encontro de artistas e moradores que acontece todo segundo domingo do mês na rua Urutu, no Jardim Matarazzo, Zona Leste. O evento surgiu em 2015 como resposta à notícia de desapropriação de um terreno para a construção de uma nova estação de trem da CPTM. Além de poesia, o sarau também recebe grupos de teatro e dança. A programação ainda conta com o Cine Urutu, onde são exibidos filmes e documentários.

Páginas do Sarau Urutu: Facebook | Instagram

 

Pastelaryka

PARA MATAR A LARICA

A Pastelaryka é uma pastelaria localizada na favela São Remo, na Zona Oeste de São Paulo, e existe há mais de dez anos dentro da garagem de uma família evangélica. O nome, inusitado por conter uma gíria frequente em meios alternativos, é referência à vida pregressa dos donos Josefa Gouveia, de 34 anos, e Jeferson Candido, 28 – hoje evangélicos.

Nos dois andares do espaço, o cliente pode escolher entre comer no balcão ou se sentar em uma das mesas. Uma TV grande exibe os clássicos do futebol. Os pastéis são fritos na hora e o que diferencia a Pastelaryka das demais é que você pode montar seu recheio. Então, se quiser se arriscar em diferentes combinações, vá em frente. “A gente faz os pastéis bem recheados para servir nosso público bem”, conta Jeferson. O público do estabelecimento é variado: de pastores da igreja a jovens procurando uma comidinha para matar a larica pós-baile funk.

“Aqui tem o melhor pastel. Ele é grande, muito recheado e a massa é crocante. O atendimento faz a experiência se tornar muito especial, já que as pessoas são bastante acolhedoras. É um dos poucos espaços da quebrada em que me sinto bem em ir com a minha namorada”, conta Bárbara Miranda, de 18 anos.

O local é a prova de que existe harmonia entre quem pensa diferente. Giulia Burk, 21 anos, namorada de Bárbara, analisa a fórmula: “Além de ter os melhores pastéis de queijo, você pode ser você. As pessoas não só te atendem, mas conversam. É um espaço para levar as pessoas especiais na sua vida”.

Ponto da Esfiha e Ocupação Cultural Mateus Santos

Já imaginou levar sua família a um restaurante ao lado de uma casa de cultura e acompanhar as atividades ao mesmo tempo em que mata a fome com salgados e pratos executivos bem-temperados? Em Ermelino Matarazzo, na Zona Leste de São Paulo, é possível fazer isso.

O Ponto da Esfiha, na avenida Paranaguá, oferece categorias de alimentação variadas. São esfihas, coxinhas, quibes, lanches, pizzas e pratos executivos que atraem o público da única casa de cultura de Ermelino Matarazzo, a Ocupação Cultural Mateus Santos. O espaço conta com mais de quarenta coletivos artísticos que utilizam um prédio municipal abandonado para promover várias atividades e eventos culturais.

Para Sílvia Izidoro, frequentadora da Ocupação Cultural Mateus Santos, o Ponto da Esfiha é o restaurante que possui o preço mais em conta na região. Dá para passar o dia inteiro na casa de cultura sem ficar com fome. O horário de funcionamento do Ponto é das 8h às 0h. “Você pode se alimentar ao mesmo tempo em que acompanha os eventos da Ocupa”, diz Sílvia, que é mãe de Glaucy Ellen, 17 anos, produtora dos saraus na Ocupação.

O prato executivo é a opção predileta das duas. “A comida de lá é leve e gostosa”, comenta Sílvia. A base da refeição é sempre composta de arroz, feijão, salada e batatas fritas. O arroz forma uma montanha no prato e seus grãos e os do feijão são bem soltinhos e cozidos. As batatas fritas são macias por dentro e com uma deliciosa casquinha por fora, o que as torna bem crocantes. O que varia sãos as opções de carne. Tem filé e contrafilé à pamegiana, frango à parmegiana, hambúrguer, ovo frito e calabresa acebolada. Os pratos custam de R$ 12 a R$ 17, dependendo do tipo de carne escolhida.

Sílvia conta que o programa cultural fortalece a união da família. “Às vezes acontece de estar nora, filha, filho, quase todo mundo lá na Ocupa só para acompanhar um evento”, acrescenta. “Quando você está acompanhada de uma filha em um evento, passa a conhecer a causa pela qual ela luta e se aproximar dela”. A Ocupação Cultural Mateus Santos fica próxima à estação de trem Ermelino Matarazzo.

Ocupação Cultural Mateus Santos: Avenida Paranaguá, 1.633, Jardim Belém (https://www.facebook.com/ocupacaomateussantos/) – Gratuito.

Publicado em novembro/2019. Estamos trabalhando para atualizar as informações do local 🙂

Sushi Jaraguá

Está à procura de um lugar para levar o(a) crush na Zona Noroeste de São Paulo? Vá ao Sushi Jaraguá. Está à procura de um lugar para sair com toda a família, inclusive com as crianças, com conforto e segurança para os pequenos e também para os adultos? Vá ao Sushi Jaraguá. Agora, se você só quer curtir o aniversário com os amigos e ouvir música ao vivo… vá ao Sushi Jaraguá. Mas se quiser apenas degustar comidas japonesa e chinesa deliciosas… bom, você já sabe aonde ir.

O Sushi Jaraguá é um restaurante e delivery inaugurado em 2018 que já atrai muitas famílias e amigos dessa região de São Paulo. O ambiente recebe, aos fins de semana, artistas que performam ao vivo. O estilo é variado: de MPB a sertanejo. Priscilla Fernandes Nunes, de 36 anos, uma das clientes que vai com a família e amigos, diz que a música deixa o ambiente animado. “Não é só um lugar para comer. É um lugar muito agradável, um lugar para confraternizar”, comenta.

O restaurante tem uma enorme variedade de pratos. Quem chega recebe para petiscar uma cortesia que mistura as culinárias japonesa e mexicana. Um nacho – biscoito feito de farinha de milho e água – com uma peça de salmão (cru ou grelhado), cream cheese, molho tarê e, para fechar, batata palha. Uma combinação inusitada, porém muito saborosa e ótima para abrir o apetite.

Um dos pratos mais pedidos é o Combinado Jaraguá, uma barca com cinco sashimis, dois niguiris, dois uramakis, dois sushis jhow, quatro hossomakis, dois hot rolls e um temaki de salmão (cru ou grelhado). Tudo muito fresco e acompanhado dos molhos tarê e shoyu.

Além do menu à la carte, o restaurante oferece rodízio de segunda a domingo. O rodízio é mais caro, então vale a pena levar a turma toda para poder aproveitar ao máximo. Com inúmeras opções de pratos, é para comer até dizer chega!

Oh! Glória Artesanal Burguers

Desde muito novo, Marcelo Vicente trabalhou em lanchonetes, restaurantes e hamburguerias famosas do Centro como a Hamburgueria Nacional e a Lanchonete da Cidade, mas sempre quis ter o próprio negócio.

Depois de trabalhar com diferentes tipos de comida, ele teve a ideia de vender hambúrgueres na sua casa. Um investimento de R$ 500 deu conta da chapa e dos utensílios necessários. Logo depois, um amigo lhe ofereceu um espaço, ele aceitou e, já no dia da inauguração, as vendas bombaram. Com mais grana, ele alugou um espaço melhor, caprichou na decoração e inaugurou o Oh! Glória Burguers. O nome é em homenagem a Deus e o logotipo tem a imagem de uma figueira (símbolo de prosperidade), já que Marcelo é evangélico.

Desde que abriu, o Oh! Glória tem chamado a atenção em Paraisópolis – ali a comida é de primeira. O hambúrguer é caseiro, os pães são artesanais (ele compra diretamente de fornecedores especiais) e a lanchonete faz a própria maionese. Ele conta que decidiu fazer os próprios hambúrgueres porque é um diferencial – o gosto é diferente daqueles que são comprados no mercado. Além disso, Marcelo prefere fazer tudo o mais natural possível: além de ser mais saudável, é uma novidade deliciosa.

Todos os lanches de 200 g são acompanhados de batata e o cardápio também conta com 15 complementos opcionais diferentes. O mais pedido é o Big Pig, que leva cheddar, cebola e bacon. Além dos hambúrgueres tradicionais, há também os lanches especiais como o hambúrguer de costela e a costela ribs. Para refrescar,  há sucos naturais, milk-shake, açaí na barca e outras opções. O local só não vende álcool.

O Oh! Glória fica no coração da quebrada, mas seus hambúrgueres vão muito além através do delivery. O sabor, portanto, pode chegar a muitos lugares, mas são produtos de Paraisópolis, mostrando que na periferia também tem comida (muito) boa.

Tapiocaria Parada Inglesa

Três tapiocas por dia. Isso era tudo que o tapioqueiro Alexandre Luiz Burgos, que trabalha no metrô Parada Inglesa, vendia quando iniciou suas atividades no começo dos anos 2000. Ele havia pedido demissão de seu emprego em uma empresa, que já não pagava suas contas, e decidiu montar o próprio negócio. A opção pela tapioca veio do berço: Alexandre é filho de pernambucanos.

Naquela época ninguém estava muito preocupado em parar de comer glúten. Tapioca, hoje tão comum, era raridade fora do Nordeste. Os clientes eram escassos, mas Alexandre não desistiu. Com o tempo e a falta de concorrência, a clientela começou a surgir. Aos poucos, o tapioqueiro começou a contar com a ajuda de sua esposa, Renata Burgos, no trabalho na rua.

A venda de tapioca se tornou o sustento da família. Todos trabalham na atividade. Seus filhos o ajudam a produzir a massa e os recheios em casa. Na rua ficam apenas Alexandre e Renata. Quando está em ação, o tapioqueiro produz a iguaria com carinho e não economiza no recheio. O segredo? “Gostar do que se faz”, ele diz, “e ter origem nordestina. O pessoal daqui de São Paulo faz, mas não fica tão gostoso”, diz Alexandre.

A massa é a receita básica da tapioca, uma mis tura peneirada de polvilho e água. Ela faz sucesso entre os clientes que, além das tapiocas prontas, a família também a vende em saquinhos de 1 kg. E dá trabalho: cada um deles depende de, no mínimo, três pessoas para produzir a quantidade necessária de polvilho.

Hoje o cenário é outro. Com a moda das dietas sem glúten, o consumo de tapioca se popularizou a partir de 2014. O alimento, feito à base de mandioca, é naturalmente livre de glúten e, embora não haja evidências de que parar de comer glúten tenha efeitos positivos para a saúde, a moda da dieta pegou.

Com o tempo, Alexandre ganhou concorrentes – outros passaram a vender tapioca no local –, mas a barraca dele é sempre a mais cheia. Ali são muitas as opções de recheios doces e salgados, que variam conforme a preferência do cliente. Atualmente, a família vende mais de 120 tapiocas por dia. Só não vende mais porque as opções de recheio acabam antes do final da noite.

Publicado em agosto/2018. Estamos trabalhando para atualizar as informações do local 🙂

AlibaBar

Em 2001, a novela O Clone, de Glória Perez, popularizou no Brasil a temática árabe. A história do amor impossível entre a muçulmana Jade e o brasileiro Lucas levou para o horário nobre as roupas, as músicas e o modo de vida típico do mundo árabe.

Descendente de libaneses, Bil Rajab resolveu pegar carona no sucesso da novela. Ele abriu em 2002 a primeira casa noturna com a temática árabe, a Aliba Bar. Deu certo: com foco no entretenimento com danças típicas, a casa se manteve por dez anos. Acabou fechando em 2012, por conta das mudanças provocadas pela Lei Seca.

Em março de 2016, o Aliba Bar voltou à ativa. Desta vez, no entanto, repaginado: transformou-se em um restaurante, também na zona Norte, que mantém a temática com paredes desenhadas, tecidos no teto, narguilés e cores vibrantes. Às sextas e aos sábados, ocorrem apresentações de dança de ventre.

Para comer, há opções bem brasileiras como bobó de camarão e também adaptações como a feijoada com carne de carneiro, mas o destaque mesmo são os pratos típicos. O cardápio foi elaborado pela mãe de Bil, libanesa também
encarregada de ensinar pessoalmente todas as receitas aos funcionários. Aos sábados, o cardápio é 100% árabe.

O shawarma (R$ 15), um sanduíche de carne envolta em um pão sírio, é enorme e pode ser dividido. Ele agrada até mesmo os paladares mais exigentes, com temperos árabes. No buffet há arroz com lentilha, charutos, kafta e outros pratos típicos. Cada 100g custa R$ 4,49. As esfihas saem por R$ 4,50 cada.

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