Samba da Ribalta

Atualização em junho/2020: Este lugar está fechado temporariamente devido à pandemia de COVID-19.

O Samba da Ribalta há seis anos faz seus frequentadores contarem os dias e as horas para as edições do projeto, na Vila Liviero, zona sul de São Paulo. Vânia Loureira Alves, de 46 anos, vai à Ribalta há mais de dois anos e foi ela quem convidou o marido e as três filhas, Gabrielle, 25 anos, Thalita, 20, e Mirelly, 16, para irem pela primeira vez. “O Samba da Ribalta representa muita alegria para minha família, esse lugar nos proporciona a oportunidade de estarmos todos juntos”, diz Vânia. 

Desde sua fundação, o projeto se preocupa com inclusão e acessibilidade. Para Vânia, que é cadeirante, locais que atendem quem tem mobilidade reduzida, em especial no banheiro, são essenciais. No Ribalta, além da rampa de acessibilidade no banheiro, existe também bastante espaço para a locomoção de cadeiras.

A roda de samba toca grandes sucessos, tanto antigos, como atuais. Todo evento também possui duas barraquinhas. Tem a fixa de Churrasquinho (R$ 5 cada espeto), com opções de espetinho de linguiça – o campeão de pedidos –, carne, frango e misto. E tem a “Barraquinha do bem”: a cada edição, um trabalhador autônomo é convidado para vender o seu produto. Em maio, por exemplo, a barraca serviu Yakisoba (R$ 10), bem temperado e com legumes no ponto certo.

“Não estabelecemos um limite de preço para as barraquinhas. Procuramos colocar barracas com o preço mais em conta, e sempre chamamos pessoas que precisam desse dinheiro. Uma amiga nossa estava desempregada e a gente chamou ela pra vender bolo de pote, canudo de chocolate e trufas. Em junho e julho, por exemplo, procuramos pessoas para vender caldo por conta do frio”, diz Rogério Santos, 38 anos, presidente do projeto. 

O evento acontece sempre no segundo domingo do mês. Além de oferecer alimentos para moradores da região, também ajuda diversas instituições locais e incentiva ideias empreendedoras dentro do bairro. O ingresso é substituído pela entrega de 2 quilos de alimentos por pessoa – não sendo aceitos sal e açúcar. 

Além de comidinhas e música de qualidade, o evento conta com brinquedos e monitores responsáveis para olhar as crianças.  “O samba é comunidade. As pessoas estão aqui curtindo e ajudando ao mesmo tempo várias pessoas e entidades. É um evento muito importante”, diz Vânia.

Frutaria 24 horas

Atualização em junho/2020: Este lugar está fechado temporariamente devido à pandemia de COVID-19.

A Frutaria Continental, no Parque Continental, Zona Oeste de São Paulo, é um dos poucos lugares que priorizam produtos como aquela fruta fresquinha que pode ser saboreada a qualquer hora do dia.

O estabelecimento, que funciona 24 horas, é a primeira opção de muita gente, mesmo estando ao lado do Shopping Continental, o segundo mais antigo da capital, aberto em 1975, e que conta hoje com mais de duzentas lojas e uma ampla praça de alimentação.

Para quem frequenta a frutaria, não é necessário pagar estacionamento. Além disso, como explica Douglas Carvalho, 47 anos, um dos motivos para preferir os lanches de lá em vez das opções do shopping é a oferta de uma grande variedade de opções em um único local.

“No shopping, você vai ter as opções separadas: uma loja que vende suco natural e outra que vende o lanche. No final, vai sair muito mais caro”, explica ele, que frequenta rotineiramente o local há mais de 15 anos. “A Frutaria é mais povão, como a gente. Acho bem Prato Firmeza mesmo”, diz.

Érica Carolina, 18 anos, é sobrinha de Douglas e sempre que pode acompanha o tio para saborear algum lanche e os sucos, claro. “Aquece meu coração toda vez que eu me lembro do meu tio me trazendo aqui. Hoje eu posso até vir sozinha! Saber que a frutaria não fechou, nem tem pretensão de fechar, me deixa muito feliz. Espero mesmo que nunca feche. Ela é simples, mas especial”, diz a jovem.

Do cardápio, Érica diz já ter provado e aprovado quase tudo. “A gente já pediu o açaí, que é maravilhoso, os lanchões que vêm com tiras de bacon  bem fritinhas. Até a salada é gostosa!”, diz. O Prensadinho, lanche servindo o prato com muito catupiry, milho, tomate e três fatias de filé de frango assadas no pão de lanche, é o seu predileto. “Nada supera!”, diz empolgada.

Os sucos, as especialidades da casa, podem ser feitos com água ou leite e custam, em média, R$ 10. José Osmar, funcionário do estabelecimento, explica que todas as frutas são selecionadas em primeira mão e compradas no Centro Estadual de Abastecimento (Ceasa).

Preparados na hora, os clientes também podem escolher as frutas que ficam expostas na vendinha ao pedir o suco. “O legal de lá é que quando você pede um suco natural, eles saem da banquinha e pegam a fruta direto da frutaria. Você vê como a fruta está antes de o suco ser feito. É tudo fresquinho”, comenta Érica.

MC’Sapé e Dub do Sapé

O X-Tudo é a grande atração da lanchonete Mc’Sapé, localizada na favela do Sapé, na Zona Oeste de São Paulo. O lanche vem em um pão com gergelim macio, com ovo frito de gema mole que causa explosões na boca, bacon crocante, hambúrguer suculento, presunto, queijo e salada fresca. Um clássico, mas melhor, porque custa apenas R$ 11.

A lanchonete é administrada por uma família que mora na região e funciona há mais de dez anos dentro de uma garagem. Durante a noite são colocadas mesas na calçada para os clientes ficarem confortáveis, criando um ambiente agradável – especialmente se o clima colaborar.

Para os amantes de doce, merecem destaque os bolos de pote caseiros. O mais pedido é de chocolate com morango. A massa molhadinha é acompanhada de brigadeiro e frutas. No verão (ou inverno, para os mais ousados), é possível pedir sorvete de acompanhamento.

“Frequentamos a lanchonete há muitos anos. Costumamos ir antes da Dub para dar energia pro rolê, mas também vamos em outros dias com a família toda. A rua da lanchonete é bem tranquila, então meus sobrinhos e filha mais nova sempre ficam brincando enquanto dividimos as porções – que são bem grandes”, comenta Daniela da Silva, de 38 anos.

A Dub que ela menciona acontece a poucos passos da lanchonete, em uma praça em frente à Escola Brasil Japão. É um evento com grandes caixas de som, onde as pessoas se reúnem para dançar remixes de músicas jamaicanas. Por ser organizado por jovens e acontecer no fim da tarde, o evento é visto como um rolê juvenil, mas Daniela discorda. Para ela, é um espaço onde a família toda pode ir. “Quem quer dançar costuma ficar perto das caixas de som, mas tem os bancos e mesas da praça onde as pessoas ficam conversando também. E dá para levar até crianças, que ficam brincando na rampa de esqueite e na quadra de futebol”, conta.

Daniela faz questão de levar a filha, Ana Caroline, de 18 anos. “A Dub me lembra muito a minha juventude. Eu gosto de ir com a Carol para mostrar outras culturas para ela. Além de passarmos esse tempo juntas, consigo contar como era aquela época por meio das músicas.”

DUB DO SAPÉ: Praça Brasil Japão – Sapé (https://www.facebook.com/OESTEMUSicSS/) – Evento Gratuito.

Publicado em novembro/2019. Estamos trabalhando para atualizar as informações do local 🙂

Sushi Jaraguá

Está à procura de um lugar para levar o(a) crush na Zona Noroeste de São Paulo? Vá ao Sushi Jaraguá. Está à procura de um lugar para sair com toda a família, inclusive com as crianças, com conforto e segurança para os pequenos e também para os adultos? Vá ao Sushi Jaraguá. Agora, se você só quer curtir o aniversário com os amigos e ouvir música ao vivo… vá ao Sushi Jaraguá. Mas se quiser apenas degustar comidas japonesa e chinesa deliciosas… bom, você já sabe aonde ir.

O Sushi Jaraguá é um restaurante e delivery inaugurado em 2018 que já atrai muitas famílias e amigos dessa região de São Paulo. O ambiente recebe, aos fins de semana, artistas que performam ao vivo. O estilo é variado: de MPB a sertanejo. Priscilla Fernandes Nunes, de 36 anos, uma das clientes que vai com a família e amigos, diz que a música deixa o ambiente animado. “Não é só um lugar para comer. É um lugar muito agradável, um lugar para confraternizar”, comenta.

O restaurante tem uma enorme variedade de pratos. Quem chega recebe para petiscar uma cortesia que mistura as culinárias japonesa e mexicana. Um nacho – biscoito feito de farinha de milho e água – com uma peça de salmão (cru ou grelhado), cream cheese, molho tarê e, para fechar, batata palha. Uma combinação inusitada, porém muito saborosa e ótima para abrir o apetite.

Um dos pratos mais pedidos é o Combinado Jaraguá, uma barca com cinco sashimis, dois niguiris, dois uramakis, dois sushis jhow, quatro hossomakis, dois hot rolls e um temaki de salmão (cru ou grelhado). Tudo muito fresco e acompanhado dos molhos tarê e shoyu.

Além do menu à la carte, o restaurante oferece rodízio de segunda a domingo. O rodízio é mais caro, então vale a pena levar a turma toda para poder aproveitar ao máximo. Com inúmeras opções de pratos, é para comer até dizer chega!

SS Domingues Casa de Pães

Atravessei a rua mais movimentada do meu bairro e parei em frente a um estacionamento lotado, no único lugar aberto até onde meus olhos – e ouvidos – conseguiam alcançar. Olho o relógio: 3h05.

Na única padaria 24 horas de Itaquera, o ambiente é inusitado para uma madrugada: o local estava cheio e com muito burburinho. Peço um café. “Puro? Pra despertar mesmo, né?”, pergunta brincando o atendente. Para comer, guiado pelas recomendações do funcionário – e ignorando o anúncio do milk-shake da casa na parede –, fui de clássicos da padoca: pedi baguetes na chapa com manteiga e cobertas com requeijão (R$ 4 cada). Para beber, aproveitei a enorme variedade de sucos naturais e pedi um de maracujá com cenoura e gengibre (R$ 6 por um baita copão). Bingo! As baguetes, recém saídas do forno, arrebatam pela maciez da massa e pela crocância das bordas amanteigadas. Combinou perfeitamente com a refrescância do suco, marcada pelo sabor de gengibre no final de cada gole.

A padaria SS Domingues é um oásis para os moradores da Vila Carmosina, bairro localizado na parte sul de Itaquera. Quem vai ali pode experimentar pães quentinhos, todos de fabricação própria – destaque para o pão de milho e o aromatizado com peito de peru, que costumam evaporar das prateleiras muito rápido. Mas o que ela tem a oferecer vai além das fornadas. De pilhas para o controle remoto às cervejas para o churrasco, passando pelo almoço ou
frango assado pra levar, é lá que os moradores do bairro encontrarão o que precisam a qualquer hora do dia (ou da noite).

No bairro desde 1979, a padaria é o único empreendimento da quebrada a ficar aberto por 24 horas. E não é uma tarefa simples. Foi preciso encontrar uma maneira de contornar a violência e o alto custo envolvido na manutenção de uma operação ininterrupta. A solução foi contratar seguranças e funcionários do próprio bairro, que vêem no sucesso da padaria o sucesso da própria quebrada. Deu certo: conhecida em toda a região, a SS Domingues se tornou um ponto conhecido por oferecer comida e conversa boa a qualquer momento. Qualquer momento mesmo.

Publicado em agosto/2018. Estamos trabalhando para atualizar as informações do local 🙂

Churreria Damac

Atualização em junho/2020: Este lugar está fechado temporariamente devido à pandemia de COVID-19.

Em 2009, Alice Araújo resolveu colocar na rua um carrinho de churros para complementar a renda de casa. Começou sem inventar muito, vendendo apenas churros doces pelas ruas de Guarulhos, mas conforme foi ganhando experiência passou a receber sugestões dos clientes que sempre pediam algo salgado. “Não podia ser qualquer salgado, aí eu incrementei o churros com queijo, orégano e tomate”, conta. Mas Alice não parou por aí: o cardápio salgado inclui sabores como pizza, camarão, três queijos e carne seca com cheddar.

A ousadia deu certo e, depois de dois anos perambulando entre pontos estratégicos do bairro Pimentas, um cliente a alertou sobre a possibilidade de alugar um box dentro do Supermercado Seta, um atacadão bem movimentado que estava sendo inaugurado na época e possibilitaria mais comodidade para a crescente clientela. Depois de superar as próprias expectativas com o carrinho de churros, descolar um endereço fixo e inovar o mercado lançando sabores salgados, Alice pensou em incrementar gostos e formatos dessa vez com os doces. E de suas mãos inventivas surgiram churros com frutas caramelizadas, mini-churros e o famigerado churros gelado, que despertou curiosidade em toda redação aqui da Énois e até da TV Câmara – que colou lá para se deliciar com a gente e deixar a Alice ainda mais famosa.

Mas que parada é essa de churros gelado? A gente explica: o churros gelado consiste em uma massa frita que depois de pronta é banhada em chocolate e por cima recebe a benção de um chantilly bem airado e leve que pode ser acompanhado de frutas como morangos, kiwí e outros – a depender do sabor escolhido. Além dessa doce fartura por fora, você pode optar por um dos recheios tradicionais: doce de leite ou chocolate. As possibilidades da casquinha dos churros gelados também oferecem escolha. “Tem da branca e tem da preta”, diz Daniel Sampaio, marido de nossa heroína, que deixou de ser sócio em um negócio mais ou menos para somar ao trampo da esposa.

Outra invenção curiosa de Alice foi o nome do estabelecimento: churreria. “Ao se deparar com uma loja especializada em churros como chamá-la?”, se perguntou. “Procuramos muito e não achamos nada, então, ficou churreria mesmo”, conta a dona do negócio que hoje ostenta mais de 300 sabores criativos de churros e compõem 100% o orçamento da família de Alice e Daniel, que chegam a vender 3.000 churros por mês. O carrinho deu lugar a um pequeno caminhão que leva os famigerados churros à festivais gourmets e outros eventos onde sempre conquista novos corações.

 

Dr. Naturalle

O setor de restaurantes vegetarianos vem crescendo na cidade de São Paulo. Segundo uma pesquisa do IBOPE, de 2012, cerca de 792.120 de paulistanos se dizem vegetarianos. Mas, apesar disso, poucas são as opções nas periferias da cidade. Por isso a procura pelo Dr. Naturalle é grande. Ele fica na Rua Agenor de Barros, na Vila Ponte Rasa, Zona Leste. O pico, que antes dava lugar a uma loja de produtos naturais, hoje também se tornou um restaurante vegetariano.

Aberto em julho de 2015, o Dr. Naturalle atende, principalmente, os trabalhadores da região – por estar localizado em uma área comercial da Vila Ponte Rasa. Professores de escolas próximas costumam comer por lá, mas para ganhar tempo, optam pela marmita. “Pedem tanta marmitex que quase não damos conta.”, conta Gabriela, 27 anos, filha dos donos, que é vegetariana desde que nasceu. Hoje Gabriela trabalha na cozinha do restaurante dos pais e lembra de quando a mãe Marilene, também vegetariana, a levava para comer em lugares muito distantes – por não terem essa opção perto de onde moram, na Patriarca. Ela conta que às vezes iam em restaurantes não focados no vegetarianismo e pediam algo sem carne: “Daí a atendente dizia ‘mas não é carne; é só presunto, é só frango, é só patê…’, o que indica que muitas vezes as pessoas não tem conhecimento sobre o vegetarianismo”.

Abner, marido de Marilene, e também dono do restaurante, não é vegetariano mas admira o movimento e considera importante ter pessoas vegetarianas no comando do fogão diariamente. “Por exemplo, temos a Jô, que também é vegetariana e trabalha com a Gabriela na cozinha. Já a Simone, de 32 anos, é atendente e também é vegetariana”” explica. Para Simone, que mora em Guainases, a existência de restaurante vegetariano na quebrada, aproxima as pessoas do movimento, que ainda é muito desconhecido por lá – e também no bairro onde mora.

A maioria de funcionários da loja não é vegetariana, mas a Gabriela disse que como eles comem lá sempre, acabaram se atentando mais para a alimentação saudável. “Eles curtem o movimento e isso acaba atingindo a vida pessoal deles também”, comemora.

Dr. Naturalle conta com cardápios que variam conforme os dias da semana e você pode comer a vontade por R$ 14,90 nas segundas-feiras. Nos demais dias, o valor é R$ 19,90. O destaque é a lasanha de berinjela que, segundo a Gabriela, é o que mais sai e o que mais atrai a curiosidade da galera, juntamente com os refogados de legumes.

 

Maia Salgadinhos

Quem entra, num dia da semana qualquer, normalmente no horário de saída das escolas da região, entre 12:20h e 13:00h, na primeira quadra do Maia, Vila Iolanda II, vê uma aglomeração de jovens e adultos, em uma rua estreita e pouco movimentada. Se a pessoa segue se aproximando, consegue ouvir os gritos famintos de: “Ô, moçaaaaaa!”, jeito como a galera costuma chamar a Ana Paula, dona do estabelecimento. Com suas senhas na mão, todo aquele povo aguarda ansiosamente o momento em que a “moça” irá trazer seus salgados e churros quentinhos e recém-fritos.

A primeira quadra do Maia, antes era conhecido por um antigo e já fechado estabelecimento, a Tia Carmem da Fogaça, e hoje carrega o peso de ter outro cantinho popular entre os moradores: O Maia Salgadinhos. “Agora vem gente de escola, professora, diretora, vem gente até de Suzano, de Mogi, só pra comprar aqui. Você tem noção disso?”, se espanta Ana Paula sobre a fama de seu PRÓPRIO estabelecimento. A Dona Ana Paula, de 55 anos, teve que deixar seu apartamento e ir para a 1ª quadra do Maia vender seus famosos mini-salgados, há 3 anos. “Ficou pequeno pra tanta demanda!”, conta.

A fama de seus quitutes começou quando o seu filho, Rai Eduardo, na época com 9 anos, saiu de casa com um saquinho de salgados, que seriam servidos na festa de aniversário dele, que não aconteceu por dificuldade financeiras. Ele dividiu os salgados com os amigos e eles ficaram maravilhados com a qualidade e pediram para a Ana Paula começar a vender. Quando esgotaram todos os salgados que eles tinham na geladeira, Ana Paula começou a fazer mais, tudo manualmente, e sem ter noção do sucesso e do impacto que aquele simples ato teria em sua vida. Hoje a cozinheira mora em um casa alugada e o Maia Salgadinhos ocupa o primeiro andar inteiro da casa. Lá, ela possui 5 máquinas que empanam os alimentos, fazem a massa e modelam até 2 mil salgadinhos por hora. Ela trabalha com duas funcionárias fixas: sua neta e sua filha.

Os mais vendidos são as coxinhas, que custam R$1,00 a quinzena, e os churros, com os sabores de doce de leite, chocolate e goiabada, que são vendidos por R$2,00 a quinzena. “Não é qualquer pessoa que é capacitada para isso,
não, porque muita gente fala assim: eu vou comprar uma máquina dessa e vender também’. Mas se for assim achando que já ganhou, vai quebrar a cara. Você tem que ter perseverança, pique e acreditar. Tem que ter aquilo no sangue”, diz Ana Paula. Ela até deixa dicas para quem quer começar nesse ramo: “Muita gente faz salgados, né? Você tem que ter o diferencial, ir atrás de novos sabores e estar sempre aberta para mudar”.

Publicado em janeiro/2017. Estamos trabalhando para atualizar as informações do local 🙂

Sorveteria Sabrina

Atualização em junho/2020: Este lugar está fechado temporariamente devido à pandemia de COVID-19.

“Flocos, napolitano, morango e coco são os sabores tradicionais que mais saem na Sorveteria Sabrina”, diz Sérgio, dono e responsável pelas mudanças que rolaram no estabelecimento, em 2005. Mas são as cores, que parecem ainda mais vivas através dos vidros brilhantes dos freezers, e os sabores inusitados que mais chamam a atenção de quem passa na Rua Adolfo Campos de Araújo, saindo da estação de metrô Vila das Belezas – entre Campo Limpo e Vila Andrade.

“Parece que estamos comendo a fruta fresca do pé”, conta um cliente sobre o sorvete de jaca. Dá pra gastar horas se aventurando entre os 36 sabores inventados na fábrica, em Embu das Artes, onde uma consultoria foi contratada só pra inventar e testar novos sabores – que são distribuídos nas filiais da marca. A dica, pra quem vai pela primeira vez e quer ousar no pedido, é experimentar os lançamentos recentes, como kiwi, mousse de uva, tapioca, caipirinha, blue ice, chiclete e Sonho de Valsa. Os dois últimos são sucesso entre os mais jovens – um pelas cores e gosto característico de “chiclete da Barbie”, daqueles que vinham com adesivo ou tatuagem, e o outro pelos pedaços suculentos de bombom.

Apesar de toda inovação, o ambiente tem cara da típica sorveteria de bairro: paredes em amarelo vibrante, pôsteres de milkshake e banana split espalhados e um self-service a R$2,99 por 100 gramas – que servem mais ou menos duas bolas. E como não podia faltar, oferece de acompanhamento farofinha de castanha de caju, granulado, calda quente de chocolate e as tradicionais balinhas Fini.

Peça o sorvete na cestinha para comê-la ao final, enquanto observa o movimento na rua, as crianças de uniforme saindo da escola, com o sertanejo universitário e o pagode como trilhas sonoras. Dá até pra voltar no tempo.

Ô Pastel – O legítimo pastel de feira

Ei, você! Você mesmo, que está de passagem agora pelo Terminal João Dias, não passe tão rápido. Sei que está com pressa, mas juro que por trás desse aglomerado caótico de ônibus, metrôs, carros, gente e churrasco de rua existe um lugar em que vai fazer você querer ficar ali, observando tudo de longe por horas. Tá vendo aquele monte de comércio bem atrás da enorme Parada Itapaiúna? Observe um espaço grande, que lembra uma garagem. Ali dentro dá para perceber uma barraquinha vermelha de pastel. Pode entrar, que você não vai se arrepender. Provavelmente quem vai te recepcionar é a dona Sueli, a simpática e hospitaleira dona que abriu a Pastelaria Bem Legal há dois anos. Diz ela que não sabia absolutamente nada de pastel antes do empreendimento, mas você não vai acreditar nisso, quando provar alguma das 40 variedades de sabores servidos nesse paraíso pasteleiro.

Deslize os olhos pelas placas com sabores e deixe sua intuição te guiar na escolha, mas vou te dar a dica: os de pizza, carne e frango com Catupiry são os que fazem mais sucesso. Eles são muuuito bem recheados. E tem mais: a Sueli, criativa que é, teve a ideia de criar molhos que acompanhassem os pasteis, indo além do clássico vinagrete. Se liga: alho, alho e salsa, cebola e salsa, cebola e orégano, saladinha, apimentado e tomate – todos desenvolvidos especialmente para combinar com cada um dos sabores do cardápio. Isso é que é harmonização! O difícil vai ser escolher um só porque, acredite, você vai querer comer os molhos de colher.

Não bastasse todo esse dilema entre os pasteis salgados, os doces vão vir para complicar ainda mais sua a cabeça. Pense no seu chocolate favorito. Em seguida, coloque ele numa massa de pastel e frite. Já está delirando? Além dos tradicionais Romeu e Julieta, chocolate e as suas combinações com morango ou banana, você vai poder escolher entre pasteis de marcas famosas como Diamante Negro, Laka, Shot e Sensação. Onde mais você já viu algo parecido? No de Diamante Negro dá até para sentir os cristais crocantes no meio do chocolate derretido. Mas olha, mais uma dica, dessa vez da própria Sueli: o que ela mais gosta entre os sabores açucarados é o de doce de leite. Pode pedir ele coberto no açúcar com canela, sem medo. Para acompanhar tudo isso, um caldinho de cana é a melhor escolha. Você ainda pode pedir uns salgados ou então algum dos mais maravilhosos caldos quentes da cidade. Tem caldo verde, de costela com mandioca, mocotó, feijão com calabresa ou carne seca, mandioquinha com frango ou carne seca, piranha e sururu. Porque só fazer o melhor pastel da região não é o suficiente para a Sueli, não é mesmo?

E aí, valeu a pena conselho, né? Na verdade, se você seguiu ele direitinho, com certeza já deve estar até pensando na próxima visita e ficando em dúvida no próximo sabor que vai experimentar.

Atualização em 11/06/2020: A Sueli reformulou algumas ideias pro negócio, mudou de nome e de endereço e abriu o “Ô Pastel – O legítimo pastel de feira”, na mesma região! Ele fica na rua José Barros Magaldi, 23 – Jd São João 🙂

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