(FECHADO) Casa da Lagartixa Preta “Malagueña Salerosa”

A Casa da Lagartixa Preta era como um esconderijo para mim. Uma extensão da minha casa que só eu sabia como chegar; um bauzinho cheio de conhecimentos, vivências e gente gostosa pra se confiar e transbordar o que era mais íntimo. Ainda é um espaço de desconstrução; foi lá que deixei toda a roupa velha que me foi vestida pela sociedade, foi lá que me despi de máscaras, apresentei meus monstros, minhas angústias e minhas belezas, e permaneci assim. Depois de ter conhecido esse lugar, passei a me vestir de algo mais sincero, mais orgânico, mais eu e ainda permaneço assim.

A Casa da Lagartixa Preta “Malagueña Salerosa” é laboratório de vivências e práticas libertárias que fica no meio da babilônia santo andreense e que resiste há exatos 12 anos, onde acontece, também, a noite de pizzas veganas mais roots e barata da região. A casa carrega esse nome pela quantidade de lagartixas pretas que habitam o local, e o “Malaguenã Salerosa” foi uma homenagem ao vizinho Seu João que cantava essa música todas as manhãs.

Gerida pelo coletivo anarquista Ativismo ABC, a Casa da Lagartixa Preta não é um restaurante e, portanto, não tem funcionários. As pizzadas acontecem com a colaboração de todos e têm como objetivo pagar as contas da casa (como aluguel, luz, água, etc). O pessoal da casa cobra apenas R$ 18 por pizza revolucionária à vontade. O espaço é muito aconchegante e mesmo nos dias de pizzada mais lotados todo mundo fica bem confortável.

O rolê oferece atividades culturais, políticas e outros eventos bacanudos durante todo o mês, futebol de duas bolas (onde o objetivo é bugar geral), oficinas pro conserto de bikes pras minas, grupos de estudos, debates y otras cositas más estão inclusos.

O espaço se encontra na rua Alcides de Queirós, uma ruazinha tranquilex que atravessa o bairro Casa Branca e que tem uma vizinhança tranquila e amistosa. Pra chegar na casa, basta seguir as pixações anarcas da Av. Arthur de Queirós. Ao chegar na rua, não é muito difícil encontrar a casa, que tem muros estampados com frases e símbolos de luta e resistência.

 

(FECHADO) Rei da Batata

Orégano, cheddar, bacon, calabresa, mostarda, ketchup, filé de frango, barbecue, queijo parmesão, Catupiry, churrasco, molho da casa e, como acompanhamento pra tudo isso, funk. É assim que os frequentadores do Rei da Batata podem fazer seus pedidos: combinando um, dois, três ou todos os ingredientes. Se você for vegetariano, pode pedir uma porção com: orégano, cheddar, mostarda, ketchup, barbecue, queijo parmesão, Catupiry e molho da casa. Caso seja vegano, pode tirar os queijos e ainda assim se deliciar com o mar de tempero e molhos.

E se você for com a galera e quiser compartilhar um prato, vale provar a super batata com azeitona, ovo de codorna e camarão. Ela é gigante e serve bem 10 pessoas. Vem inclusive numa caixa de pizza – pra vocês terem uma ideia do tamanha da parada.

Sempre que você for comer por ali, vai notar a presença de um… Menino. O nome dele é Lucas Alves – mas não necessariamente você vai notá-lo, porque ele é um jovem de 18 anos, muito tímido, quase não fala. Anota os pedidos dos clientes com um sorriso leve no rosto e logo vai conversar com o Rato, que é o cara que cuida da chapa. Lucas é, na verdade, o dono do estabelecimento. Foi ele quem, há um ano, pra suprir necessidades financeiras da família, decidiu abrir, no seu bairro, o Jardim Marilu, na Zona Leste de São Paulo, o Rei da Batata. Hoje, o lugar se tornou popular entre os moradores. O estabelecimento fica na antiga garagem da avó de Lucas, dona Albertina, de 60 anos. O lugar foi criado pelo xovem, mas hoje é administrado pela família quase toda. Na garagem do Rei, todo mundo põe a mão na massa. A mãe, a tia e o Lucas fazem de tudo, menos o Rato – o Rato é só o cara da chapa.

Os jovens são clientes fieis. Tem a galera da escola, César Donato Calabrez, a 2 minutos dali, que estuda no período noturno, e que sai 23h e vai direto para o Rei, especialmente às sextas-feiras. Tem também uma turma que vai sempre no final de semana, já que ao lado do Rei da Batata existe o Espeto da Vila, uma tabacaria que complementa o rolê.

O Rei da Batata, com seu cardápio lotado de opções e com um ambiente simples, mudou a cara do quarteirão da Praça William Alexandro Dias Vaz, que é apelidada de rua de lazer pelos próprios moradores. Ao lado do estabelecimento, por exemplo, tem uma praça que antes ficava vazia e hoje, de quarta a sexta, das 17:00h às 01:00h, horário e dias de funcionamento do Rei da Batata, é possível ver famílias reunidas e até crianças usufruindo do parquinho. “Eu gosto desse trabalho porque a gente reúne diversas pessoas de estilos diferentes pra não só comerem, como estarem juntas”, orgulha-se o chapeiro Rato, de 33 anos, que é primo do Lucas.

As batatas simples custam entre R$5,00 e R$25,00 e podem vir acompanhadas de bacon, calabresa e qualquer um dos 13 acompanhamentos listados no inicio do texto. Já as batatas para compartilhar com a galera, custam de R$35,00 e R$50,00 e podem vir com ovo de codorna e camarão. Além das batatas, rolam também lanches com hambúrguer artesanal. Você tem a opção só lanche ou combo, que vem com a batata e refri junto.

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