Point do Açaí

O sarau Travas da Sul acontece no extremo sul de São Paulo, aos sábados ou domingos, no Grajaú, e, como o nome enuncia, atrai público LGBTQ+ de todas as regiões da capital. O evento tem como objetivo fortalecer a comunidade por meio de apresentações artísticas, discutir temáticas do universo queer e também vender o trabalho de artistas locais. 

Quem se sentir à vontade para recitar uma poesia ou fazer alguma intervenção, pode aproveitar o microfone aberto e se apresentar. E para o programa ficar completo, faz parte do ritual de quem frequenta o sarau tomar um açaí, em frente ao calçadão onde o show acontece, e voltar com todo gás para curtir a poesia. 

“Eu acho um dos melhores açaís da região. Geralmente, em outros lugares, tem muito gelo na polpa e o creme de frutas só tem gosto de açúcar. Não é o caso no Point”, comenta Thiago Viççar 31 anos. 

O Point do Açaí fica em frente ao Centro Cultural do Grajaú, de onde também é possível ter uma visão do sarau, pois as janelas são todas de vidro. 

O açaí comum custa R$14 e a maior barca servida no estabelecimento sai por R$80. O mais pedido, segundo frequentadores do local, é o Explosão de Chocolate, servido  com Nutella, Chocoball e acompanhamento de fruta à escolha do cliente. Há diversas opções de tamanhos, com preços a partir de R$ 15. O estabelecimento oferece também os clássicos leite ninho e granola. Todas as frutas são bem fresquinhas e o cliente pode pedir porção extra por mais  R$2. 

Além disso, tem o casadinho de cupuaçu: uma cumbuca do creme da fruta com açaí, morango, banana, manga ou qualquer outra fruta disponível, com preços a partir de R$14. 

Baile da Melhor Idade

Atualização em junho/2020: Este lugar está fechado temporariamente devido à pandemia de COVID-19.

O convite do baile tem data e hora sempre marcada. Toda última quarta feira do mês das 19h às 21h. Cheio de ritmos, coreografias, danças e muitos doces e salgados, cada edição do baile torna a noite dos seus frequentadores única. “Quando entro aqui, o stress fica todo lá fora. Venho aqui para me divertir. Para fazer parte desta trupe que está sempre de muito alto astral”, diz Ednaldo Gomes, de 47 anos. 

O baile é realizado há um ano e meio pela própria turma de alunos das aulas de dança para a terceira idade do CEU Caminho do Mar, na zona sul de São Paulo. A turma se esforça a cada edição para que os novos convidados se sintam à vontade para participar e mergulhar na dança sem vergonha. A entrada é gratuita. Basta só se aprumar, levar um prato, seja salgado ou doce – parte importante da noite –, e aproveitar.

“A ideia de usar a gastronomia surgiu como uma forma de criar vínculos entre eles, e para que também não ficassem muito tempo sem ingerir nada. Alguns alunos vão pra aula sem comer nada devido o corre-corre do dia,” diz o professor Lenon Ribeiro, 50 anos, fundador do projeto. 

Os doces e salgados são trazidos pelos próprios alunos. Maria Ionice, de 75 anos, tinha preparado uma torta de salsicha para levar ao baile. “Eu estava em casa fazendo minhas coisas quando me lembrei que hoje era o dia do baile. Cheguei um pouco atrasada, mas precisava trazer minha torta”, conta. Além dessa, Maria traz também torta de salame e de frango, todas sempre muito fresquinhas – direto do forno.

Isabela de Jesus, de 29 anos, contribuiu com seu famoso bolo de cenoura com cobertura de chocolate. Isabela organiza o baile e ajuda as meninas que têm dificuldade com a dança. “A organização das comidas fica por nossa conta, cada um traz um prato que gosta e sabe fazer. Como por exemplo o casal Telma e Lira, eles são conhecidos aqui no baile pelos bolinhos de tapioca que trazem. Eu até tentei fazer, mas não ficou igual o deles,” diz Isabela.

Cada convidado do baile é recebido com aplausos assim que chega. Hoje o grupo se tornou uma grande família. “Não vejo a hora de chegar o dia do nosso baile. O Lenon deixa a gente sempre muito animada. Meu maior sonho é aprender uma música para arrasar”, diz Iris Ferreira, de 57 anos.

Dona Lurdes Gama, de 83 anos, conhecida como Lurdinha pelos amigos, relembra suas conquistas na dança: “Já fui a Miss Jabaquara da terceira idade, Eterna Miss em 2009 e a Miss Primavera da Vila Mariana em 2018. Já desfilei para marcas famosas e amo dançar!”. 

Os ritmos musicais mais pedidos são gafieira e forró universitário, mas há também pedidos de bolero e tango. No baile da melhor idade a juventude é eterna. “Se eu pudesse eu dançaria de segunda a domingo, mas a saúde agora não está muito legal, então vou devagarinho”, diz Aldacir Nunes, de 63 anos. 

Cantinho do Caldo

Está com preguiça de preparar o jantar ou ter que lavar louça, mas mesmo assim quer comer uma comida caseira? O restaurante Cantinho do Caldo, no bairro Cidade Júlia, na zona sul, é uma boa opção. 

O carro chefe do cardápio é o caldo de camarão com abóbora, que além de ser muito cremoso, é acompanhado por torresmos crocantes e salpicado com cebolinha. Há opções mais simples, como o caldo de piranha e o de feijão. E também algumas mais elaboradas como o Mocofava, que mistura feijão branco com mocotó, linguiça, bucho, torresmos e cheiro verde. Todos os caldos são servidos e acompanhados por um pão francês fresquinho, a R$ 10.  

O estabelecimento já foi uma mercearia e permanece há 20 anos como um espaço que acolhe diferentes públicos do bairro. Destaca-se pelo clima aconchegante e familiar. O casal Monica Aparecida, de 32 anos, e Anderson Siqueira, de 29, vêm de Diadema com a filha Mikaelly, de 5, sempre que têm oportunidade. “Eu amo vir aqui. Gosto muito do caldo de feijão”, diz a menina. Os pais afirmam ser o melhor que já experimentaram.

Além dos caldos, o cardápio também oferece o baião de dois com costela (R$ 16) e sobremesas, como o pudim e mousse, por R$ 4 cada.

Publicado em novembro/2019. Estamos trabalhando para atualizar as informações do local 🙂

(FECHADO) Barterapia

Um espaço muito agradável para comer e compartilhar a cultura underground, o Bar- terapia reúne apreciadores do reggae e rock steady, gêneros musicais surgidos na Jamaica na década 1960. O destaque vai para a filosofia do lugar: reunir pessoas para uma “terapia coletiva”.O BarTerapia existe há dez meses e já realizou alguns eventos com discotecagem e sound system. que lotaram o salão. Pais e mães podem frequentar o local despreocupados, já que o bar conta com o espaço Terapia Kids, com mesas e banquetas adaptadas, brinquedos e livros para crianças.

As paredes são decoradas com cartazes, lambe-lambes e quadros que incentivam os frequentadores à prática da cultura compartilhada. O objetivo
é resgatar a cultura underground e fugir de padrões sociais. O ambiente conta com área aberta e fechada. O cardápio de bebidas e drinques chama a atenção. Dá para pedir uma cerveja artesanal (R$ 10) ou a caipirinha de Yakult com morango ou limão (R$ 15), por exemplo, que é feita pelo Vitão, morador do Jova Rural e rapper.

Para matar a fome, o bar serve porções, sanduíches e salgados veganos, como a coxinha de jaca. O X-Tudo é composto por hambúrguer artesanal,
muçarela cremosa, bacon, ovo frito, maionese, alface e temperos da casa (R$ 20), feito pelo tio do Renato, o responsável pelo estabelecimento. O
lanche é grande e pode servir até duas pessoas, sem ninguém ficar com fome.

O bar conta com Wi-Fi livre e é possível reproduzir músicas direto do celular para a televisão. Aos domingos acontece o churrasco comunitário
cada pessoa pode levar os ingredientes para preparar e consumir no local. Assistir aos jogos de futebol do campeonato da ocasião, enquanto se prepara as carnes entre a família e amigos, completa o ritual.

O Barterapia possui fácil acesso por transporte público. Para chegar, basta pegar as opções de ônibus que passam pela avenida Mazzei e descer
na altura 1.110.

 

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