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Um sonho de infância e uma história de obstinação se materializam na melhor casa baiana de Heliópolis

Texto e fotos por: Kelayne Santos

  • Comida nordestina
  • Delivery
  • Opção Vegetariana
  • Wi-Fi

Um sonho trouxe Josi, a rainha do acarajé de Heliópolis, direto da Bahia para São Paulo. Batizada como Joanice Leandro dos Reis, teve uma vida repleta de dissabores. Por diversos problemas, quando criança a baiana teve que sair de casa. “Dormia nas varandas alheias e pedia comida nas ruas”, conta.

Ainda na infância, trabalhou em troca de comida e moradia. Era empregada doméstica e, entre uma folga e outra, observava sua patroa cozinhando e prestava atenção em como ela temperava a comida. Além de aprender como se preparava um acarajé, nascia também o gosto por cozinhar.

Aos 21 anos, Josi decidiu que iria para São Paulo realizar o sonho de viver do acarajé. O início não foi fácil: chegou com apenas R$ 23 no bolso. Morou em albergue e pensões e chegou a ouvir do dono de uma delas: “Volta pra Bahia!”.

Enfrentou assédio sexual e humilhações, mas resistiu em permanecer na cidade. Com menos de um mês na terra da garoa, conseguiu dois trabalhos. Um de panfletagem e outro num restaurante, que, juntos, rendiam R$ 250. Assim, se mantinha e ajudava seus dois filhos, que ficaram na Bahia. Semianalfabeta, Josi contava com a boa vontade alheia para conseguir sobreviver na cidade. Após se matricular em uma escola, um professor a ajudou na criação de um currículo, que a fez conseguir um emprego melhor. Com o primeiro salário, comprou o tacho, a colher de pau e alguns ingredientes para começar. Depois de quatro meses, conseguiu montar sua barraca de acarajé no Museu do Ipiranga.

Ela se dividia entre vários trabalhos: durante a semana, em uma tecelagem e em um bar; o acarajé era feito aos finais de semana.

A restrição para a venda de alimentos na rua a expulsou do Ipiranga e Josi, então, seguiu para Heliópolis. Lá conseguiu alugar uma casa, mas a restrição para ambulantes chegou à comunidade e Josi passou a cozinhar num restaurante local, vendendo o acarajé em quermesses.

A comida ficava cada vez mais conhecida na quebrada e, com o sucesso do tempero e a força de amigos, ela alugou um espaço para montar o Pedacinho da Bahia.

Hoje, Josi produz aos finais de semana cerca de 60 acarajés tradicionais e no prato, além dos caldos, lanches, pastéis e sua também famosa feijoada. Você pode chegar, pedir e partir ou, se preferir, pode aproveitar para sentar, comer e observar o fluxo da quebrada.

Josi tem o dom do tempero que agrada das donas de casa à galera do funk – não é a toa que, aos finais de semana, o Pedacinho da Bahia fica a noite inteira aberto.

Preço Médio

R$15

Como Chegar

No terminal Sacomã, pegar o ônibus 5031/10 e descer em frente ao banco Bradesco na Estrada das Lágrimas.

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Açaí União

Um pedacinho da culinária chinesa em Paraisópolis.

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Todo segundo domingo do mês, moradores da Vila Liveiro se reúnem pra fazer a grana circular dentro do bairro – além de comer e se divertir, claro

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