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Sem precisar se caracterizar, Dona Meire e o marido sustentam a família com o clássico baiano

Texto e fotos por: Jeferson Delgado

  • Comida nordestina
  • Opção Vegetariana

Quem passa pela movimentada avenida Carlos Lacerda, no Jardim Rosana, divisa com Capão Redondo, não imagina que, em meio à lojas e mais lojas, exista uma baiana vendendo acarajé. Uma dica é ficar atento ao aroma caracterísco, já que a baiana não está caracterizada como de costume, com roupas brancas, guias e turbante. Mas é impossível não saber quando Dona Meire frita os bolinhos feitos de feijão selecionado no seu original tacho de alumínio. “Até mesmo quem não gosta, vem experimentar e volta”, conta a baiana que mora e vende acarajé há 20 anos em São Paulo, sempre na mesma calçada.

Foi por causa da religião que Dona Meire escolheu não se caracterizar para trabalhar. E sua escolha acabou aproximando o público evangélico, além do baiano. Ela já perdeu as contas de quantas vezes o lugar proporcionou o reencontro de familiares e amigos que vieram da Bahia. Tem vezes que a conversa fica tão boa que falta lugar pra sentar e espaço em volta do fogueiro da Dona Meire. Mas não que isso seja um problema: a barraca oferece marmitas para os clientes, dando conforto para quem quiser levar o acarajé para casa.

Foi com 20 anos de idade que Meire começou no ramo do acarajé, ainda em Itabuna, sua cidade natal, no sul da Bahia. Começou por necessidade e sobrevivência. Sua vinda para São Paulo foi causada pelo desemprego do marido, José Cássio – e, desde então, o casal segue servindo acarajé na cidade.

As quatro filhas e o filho mais novo decidiram seguir outras carreiras. O principal vínculo familiar que ela tem em seu espaço de trabalho é com o marido e o neto, que ajuda o casal. Para a avó, essa é a forma de Wesley Jonas entrar no mercado de trabalho. E para o neto, a barraca é uma forma de perder a timidez e fazer amigos.

Quando o assunto é concorrência, a baiana se diz tranquila. Disse que já trabalhou ao lado de várias baianas e nunca houve brigas por vendas. Porém, o marido afirma que existe uma diferença no mercado baiano e paulistano: “Na Bahia é mais união e amor, aqui é mais rivalidade e negócio”.

Meire diz que há muitos boatos no mercado do acarajé e que muitos começam a vender objetivando o lucro. Mas garante que com ela é diferente: foi por “precisão” e amor. Ela afirma que se não tiver essa combinação, o comércio não vai pra frente. E ela sabe sobre o que está falando. “Quem faz acarajé há muito tempo carrega isso como um dom”, diz a baiana que faz acarajé há 36 anos (a mesma idade da minha mãe!).

Publicado em agosto/2018. Estamos trabalhando para atualizar as informações do local 🙂

Preço Médio

R$10

Como Chegar

Do metrô Capão Redondo, caminhe até a estrada de Itapecerica e, no ponto em frente a Andre’s Cars, pegue o ônibus 7055-10 e desça no ponto da padaria.

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