Restaurante de culinária baiana amplia fronteiras e ajuda nordestinos e nordestinas a matarem a saudade das terras natais pelo paladar
Texto e fotos por: Nathália Ract
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Apesar do nome, o restaurante Dona Acarajé reúne diversos pratos e bebidas baianas no Jaçanã desde 2017. “Corria na veia a vontade de fazer o que eu conheço que é também o que eu aprendi a comer: a culinária baiana”, conta a proprietária, Tereza Cristina, de 38 anos, moradora do Edu Chaves.
Nascida na Bahia, Tereza veio para São Paulo com 16 anos em busca de uma condição de vida melhor. A trajetória na cozinha começou aos 19 anos, em Campos de Jordão. Hoje, seu restaurante é abrigo para aqueles que sentem falta dos ingredientes nordestinos no dia a dia. “Espero cada vez mais acolher esse grupo de pessoas e famílias que possuem uma identidade cultural em comum”, diz ela.
Para os frequentadores, a nostalgia está presente em cada garfada. A refeição feita ali possibilita que nordestinos e nordestinas de diferentes origens revisitem suas terras natais. “O Nordeste é uma terra muito rica e bonita, mas as pessoas ainda têm muito preconceito com esse território brasileiro”, reflete Isabel Marques, 51 anos, nascida em Crato, no Ceará. Hoje, ela mora na Vila Mazzei.
O Baião de Dois do Dona Acarajé é um dos seus preferidos. “Com certeza esse é um dos pratos mais saborosos e um dos mais pedidos no Nordeste”, conta. Dependendo da fome, ele serve de uma a duas pessoas (R$ 34).
É feito com arroz branco, feijão-decorda, pimentão, carne-seca desfiada, bacon defumado, cheiro-verde, queijo coalho, ovo frito, costelinha suína e manteiga de garrafa.
A variedade de sucos naturais com frutas típicas da região é outro atrativo. É possível escolher entre os sucos de cajá, cupuaçu, graviola, acerola, capim-santo com limão, goiaba, laranja e limonada suíça, todos por R$ 8. De quebra, o restaurante oferece caipirinhas e batidas nos mesmos sabores. A batida Trem do Jaçanã é preparada com sucos de caju, limão, vodca ou cachaça e gelo (R$ 18).
A decoração dos espaços também tem muitas características do Nordeste. Em algumas paredes estão penduradas fitas do Senhor do Bonfim, amuleto típico de Salvador, capital da Bahia. Também é possível admirar os potes de diferentes tamanhos e cores com pimentas em conserva.
No jantar, os pratos mais pedidos são as porções e caldos. Tem caldo de mocotó, mocofava, mandioca com carne-seca e caldo de peixe. Todos saem por R$ 16.
O Dona Acarajé abre durante a semana das 12h às 20h. Durante os fins de semana, das 12h às 23h30. É um restaurante de fácil acesso, de frente para o ponto de ônibus da rua Benjamin Pereira, na altura do número 804.
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Publicado em novembro/2019. Estamos trabalhando para atualizar as informações do local 🙂
Preço Médio
R$10 a R$60