Grafite e hambúrgueres artesanais são as atrações principais do local, que não serve bebida alcoólica e toca música de todos os gêneros
Texto e fotos por: Jeferson Delgado
- Uncategorized Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /var/www/html/wp-content/themes/pratofirmeza/single.php on line 243
Dividindo seu tempo como empresário e grafiteiro, Alex Oliveira tenta colocar um pouco da sua vida em seu estabelecimento, o Akemi Açaí. Alex começou com o grafite em 1996, na região do Jardim Ângela. Depois de mais de 20 anos grafitando muros em São Paulo, ele percebeu que faltava um point em seu bairro: algo natural, sem bebida alcoólica, comum nas regiões centrais. Sem pretensão e com uma grana emprestada, surgia o Akemi Açaí.
O sucesso foi gradual. No primeiro ano, o local só servia açaí e sucos. Aos poucos, o público foi aumentando e o espaço também. Hoje, o destaque são os lanches “especialidades do chef”, feitos com hambúrgueres artesanais e servidos com maionese caseira feita no próprio restaurante. Há um cuidado para que os lanches sejam montados sempre da mesma forma e o cliente saia sempre satisfeito.
O lado grafiteiro está nas paredes, renovadas todos os anos, e nos lanches, batizados com nomes das lojas que já pintou, como Twister e Tornado.
Alex tem vontade de abrir mais lojas, mas também gosta de ser aquele comerciante à moda antiga, que faz amizade com os clientes e se senta à mesa para conversar e ouvir opiniões sobre o estabelecimento. Ouvindo uma série de reclamações dos clientes, mudou a forma de atendimento: os modernos palmtops deram lugar aos bons e velhos bloquinhos de anotações.
No Akemi Açaí a galera divide espaço com famílias inteiras – inclusive o pessoal da igreja. O som é uma preocupação: MPB, sertanejo e pagode garantem a democracia sonora pra agradar todo mundo que frequenta o local. A ideia inicial, de criar na quebrada um espaço tranquilo para que os moradores frequentassem sem se preocupar com o trânsito caótico, deu certo.
E, para isso, Alex nem precisou abrir mão de sua outra paixão: ele ainda continua no grafite. Sábados e domingos são dedicados 100% à loja, mas no meio da semana ele continua fazendo sua arte em lojas e muros da região.